A melhor parte de estar no olho do furacão de uma revolução tecnológica como a que a educação superior está vivendo é ter acesso às iniciativas mais criativas. Em tempos de ensino a distância e cursos online, não é de se espantar que uma peça chave das instituições de ensino também esteja em plena transformação. Estamos falando, é claro, das bibliotecas. Um recente encontro de dois dias sobre a biblioteca do futuro em Harvard, se não a mais importante universidade do mundo, uma das mais, é um excelente ponto de partida para conhecer e refletir sobre a biblioteca e o espaço, físico e intelectual, que ela ocupa na história da educação.
Historiador e primeiro diretor-executivo da Digital Public Library of America (Biblioteca Pública Digital da América, em tradução livre), Dan Cohen foi quem deu início ao evento e introduziu algumas impressões interessantes sobre o futuro. Para ele, a era digital está transformando as bibliotecas, que deixam de ser repositórios estáticos para serem plataformas dinâmicas, verdadeiros “sistemas modernos de descobertas”, que são abertos, interligados, internacionais e prontos para absorver a “digitalização em massa” que o futuro trará.
![A DPLA está no ar desde abril de 2013 [Fonte: DPLA]](https://posts.desafiosdaeducacao.com.br/wp-content/uploads/2014/04/dpla5701.jpg)
A DPLA está no ar desde abril de 2013
[Fonte: DPLA]
Criada em 2010, a Digital Public Library of America, ou simplesmente, DPLA, é uma plataforma de internet gratuita que liga bibliotecas americanas, arquivos e museus. Atualmente, os usuários têm acesso a cerca de seis milhões de itens, três vezes mais do que quando a DPLA entrou no ar, há menos de 11 meses. Estudantes e a população em geral, não apenas a americana, estão a um clique de todos esses livros, imagens e artefatos oriundos de onze centros de serviços (Harvard é um) e de cerca de 1,2 mil pequenos fornecedores de conteúdo espalhados por 15 estados dos EUA.
![Bibliotecas devem ser acessíveis, e não relíquias da humanidade [Fonte: De Rerum Natura]](https://posts.desafiosdaeducacao.com.br/wp-content/uploads/2014/04/9005864.jpg)
Bibliotecas devem ser acessíveis, e não relíquias da humanidade
[Fonte: De Rerum Natura]
Outro bom exemplo de biblioteca do futuro é a Biblioteca James B. Hunt. Inaugurado há um ano, o local foi criado pelo escritório norueguês Snøhetta e é uma verdadeira obra de design. Além disso, a biblioteca adotou um conhecido terminal de busca de livros, chamado bookBot, que é todo feito por robôs. Ou seja, para cada livro solicitado dentro do catálogo, um robô é ativado no sistema de delivery para automaticamente buscar o livro. A tecnologia é a mesma vista em indústrias, mas seu uso em uma biblioteca é que é novidade.
E você, conhece outros exemplos de biblioteca do futuro? Ou tem ideias mais inovadoras? Compartilhe conosco acessando a nossa newsletter.
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